Meu pai chorou



Em 46 anos de vida nunca tinha me emocionado, de fato, num Dia dos Pais.


No meio da manhã deste domingo, eu e minha mulher Diana, resolvemos fazer duas singelas homenagens a nossos pais.


E decidimos, depois de uma proposta dela: dedicá-los a ambos a música Pai, do cantor Fábio Junior.


Todo mundo conhece. É uma música forte, que destrói – ou constrói – você por dentro. A interpretação mexe, faz um reboliço em sua memória, no meu caso, desde os tempos de menino em Sena Madureira.


Começamos. Eu de DJ com a música no computador no ponto. Diana liga para o meu sogro, dá os parabéns e pede para ele ouvir a surpresa. Eu não me contive... Diana também não. Não sei qual foi o comportamento do meu sogro do outro lado da linha..Ele mora em Guarapari, ES. Mas sei que gostou.


Depois foi a minha vez.


Diana ligou para o meu pai, falei com ele, e também pedi que ouvisse a nossa homenagem. Continuei não me contendo...Quando retomei o contato com meu pai, depois da música, ele estava sem fala e literalmente chorando. Uma emoção entre nós que levou quatro décadas e meia para acontecer, mas que, felizmente, um dia aconteceu.


Foi um domingo especial. Desses que você não esquece com facilidade.