sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Não gosto disso, mas é preciso

Estava ainda dentro de sala de aula quando o telefone toca e é o dono do ‘site ac24horas qualquer coisa’, Roberto Vaz.

Foi logo perguntando sobre a viagem dos deputados a Caracas, na Venezuela.

-Que importância tem isso para o Acre? – pergunta Roberto Vaz.

Saí de sala e expliquei a ele que na Venezuela haverá um plebiscito com vistas a mudanças na Constituição e que alguns deputados estaduais foram convidados e vão até lá integrando uma comitiva de observadores. No mundo civilizado existe isso, mais o ‘Diogo Mainardi feio’ e com pouca pena do Acre parece não compreender bem.

RV - O que isso tem a ver com o Acre? – insistiu.

Respondi que os políticos locais não podem ficar presos somente à sua paróquia enquanto o mundo se movimenta. E mais: disse ao Vaz que o convite partiu do Congresso Nacional, por intermédio do deputado federal Nilson Mourão. Não adiantou.

RV- O que você acha? Quero a sua opinião porque os deputados não querem falar.

Eu acho importante e digo mais: os deputados vão viajar e o fazem isso de forma LEGÍTIMA. Eles podem representar o Acre em eventos nacionais e até internacionais, como é o caso desse em Caracas, de cabeça erguida. Não há nada às escondidas. Vaz não se conformou:

RV - Vão assessores e até o Jair, marido da Naluh...

Disse a ele que o Jair Santos não estava indo por ser marido da Naluh, mas porque era um competente assessor político da Mesa Diretora da Aleac e a Mesa o requisitou.

RV – E a diária dos deputados, quanto é?

A que as normas da Aleac estimulam quando os parlamentares se ausentam do seu Estado ou país. Não me sinto autorizado a falar sobre diárias, mas você poderia ligar para qualquer um deles e perguntar.

Por fim, a máscara cai e Vaz mostra que eu não tô errado em chamá-lo de dono de um site de direita.

RV - O que o Edvaldo vai fazer com o Chávez? Lá não tem democracia, estado de direito, etc...

O provocador Vaz tem como prioridade nos dias atuais bater diariamente no presidente da Assembléia, deputado Edvaldo Magalhães [Os motivos eu posso...]. É o seu esporte favorito. Mas ele não faz isso sozinho: ele faz o que a direita mais atrasada do Acre [na política e na imprensa] o manda fazer. Aliás, seu site, montou trincheira em defesa e está dando guarida a foras-da-lei denunciados pelo MP e pela justiça. Sintomático.

Respondi a pergunta: Você diz que a Venezuela não é uma democracia porque esse é o seu ponto de vista [de direita]. O meu e de muitos são diferente. Lá, como aqui, tem eleições para presidente e o parlamento. Então se aqui é por que lá não haveria de sê-lo.

Encerrei o papo porque não dava para ficar falando a noite toda. No entanto, Roberto Vaz diz na ‘matéria’ [antiética, para dizer o mínimo] que eu afirmei a ele que ‘não sabia o que faríamos na Venezuela’. Não tenho culpa se ele não entende o papel de um Parlamento ou não sabe o que é um referendum, plebiscito....Ou coisa parecida.

Roberto Vaz precisa estudar política [jornalismo também] para tentar fazer um site que fale de política. Priorizar negócios em vez de jornalismo com J maiúsculo dá nisso. Soa estranho e até as pessoas mais ou menos inteligentes desconfiam, viu?

Eu disse no post anterior que conheço o Vaz de outros carnavais, dos tempos em que andava à procura dos diretores do Banco do Estado para vender o seu peixe ‘jornalístico’. O contrariamos, eu e o Sindicato dos Bancários, muitas vezes. Os meus colegas daquele tempo são testemunhas.

Passado o tempo ele não aprendeu. Continua fazendo a mesma coisa e não percebe que os tempos são outros.

Conversou comigo um tempão e não escreveu uma frase sequer das inúmeras que disse a ele sobre a viagem a Caracas com a maior da boa vontade. Nem sei se Vaz sabe em que Continente fica a Venezuela. Tenho dúvidas.

Mas encerro afirmando o seguinte: não estou falando aqui como assessor de imprensa da Aleac. Falo por mim mesmo. Não sou deputado, não sou rico, só tenho a minha vida para cuidar dos meus. E responderei do meu jeito toda vez que ‘jornalistas’ do tipo do Vaz fizer por onde.

Ah, o passado e o presente andam sempre juntos. Se for preciso vou ao review.

Um comentário:

Blog do Thi disse...

Caro Braña,

O Acre não suporta mais este tipo de politicagem recheada de lorotas e tendenciosas. O Acre vive um novo momento, em especial o parlamento.

Acho que estes ataques ao presidente da Aleac, é a expressão notória do desespero daqueles que tiveram a oportunidade de mudar o Acre e optaram pela corrupção.

Hoje vivemos num estado que prospera a cada dia.... e na minha opinião, essa atitulde não é uma visão política de direita e sim a expressão do desconhecimento da política somanda a picaretagem!